É admirável e rica a história de Jaguariaíva, surgida às margens do histórico Caminho do Viamão, na região dos Campos Gerais do Paraná. O nome da cidade é referência ao Rio Jaguariaíva que corta o município e tem sua origem na língua tupi-guarani, que significa: “rio bravo da onça”. Originária do tropeirismo destacou-se o nome do coronel Luciano Carneiro Lobo, que no final do século XVIII adquiriu a então fazenda Jaguariaíva, propriedade rural que deu origem ao atual município. Quando em 15 de setembro de 1823 a então Fazenda Jaguariaíva, pertencente à Vila de Castro foi elevada à categoria de freguesia por meio do alvará imperial assinado por Sua Majestade, o Imperador Dom Pedro I.
Posteriormente, no início do século XX, a pacata localidade assistiu ao desenrolar do progresso com a instalação da ferrovia. Era o memorável trem de ferro, a invenção mais fascinante do século chegando, atraindo pessoas, negócios e melhorias urbanas. Era a sempre lembrada Maria Fumaça apitando para um futuro promissor deste rincão paranaense.
Da instalação da ferrovia, foram atraídos inúmeros investimentos em Jaguariaíva, como as Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo, que aqui se instalaram na década de 1920. Incrementaram a economia local instalando um parque fabril com um grande frigorífico. As indústrias, localizadas atrás da estação, direcionaram o centro comercial do município para esta localidade, compondo o espaço com hotéis, restaurantes, agências bancárias e até uma nova igreja tudo para atender a população que se agora se formava nesta nova parte da cidade.
Ainda neste contexto o município vivia ao ciclo da madeira na região do Sertão de Cima, eram as matas de araucária derrubadas para o uso comercial e industrial. Nos anos seguintes, devido aos incentivos fiscais do governo federal para o desenvolvimento florestal no país, foi plantado um novo parque florestal de coníferas com mais de 160 mil hectares, o que atraiu na ocasião a maior fábrica de papel imprensa do país, a Pisa S/A, a ela sucederam-se outros valiosos empreendimentos, todos para exploração do ramo da madeira, criando assim um pólo industrial que agrega hoje inúmeros valores às florestas de Jaguariaíva e beneficia a economia local.
